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A proposta de reforma tributária em discussão no Brasil tem gerado debates intensos e preocupações em diversos setores da economia. Um recente estudo conduzido pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária) em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas) trouxe à tona algumas projeções que merecem atenção.
Inflação em Alta
De acordo com o levantamento, a reforma tributária terá um impacto direto na inflação. O IPCA, principal índice que mede a inflação oficial do país, sofrerá aumentos em todos os cenários analisados. Em um dos cenários, com uma alíquota única de 30% e taxa diferenciada de 12%, a inflação poderia crescer impressionantes 18,6% em uma década. Mesmo no cenário mais otimista, onde se considera uma alíquota única de 25% e taxa diferenciada de 7,5% para setores como o agronegócio, a inflação ainda subiria 12,2% em 10 anos.
Carga Tributária: Um Peso Crescente
A carga tributária, que já é motivo de preocupação para muitos, também sentirá os efeitos da reforma. O estudo estima que, dependendo do texto final aprovado no Congresso, a carga tributária do país poderia alcançar até 40% do PIB. Para se ter uma ideia, em 2022, esse índice estava em 33%.
A Visão dos Especialistas
Cicero Zanetti, pesquisador da FGV e um dos responsáveis pelo estudo, destaca que a reforma não é "neutra". Segundo ele, a introdução do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) afetará diretamente o setor de serviços, pressionando ainda mais os preços. Zanetti também ressalta que, independentemente do cenário, todos indicam um aumento no nível de preços.
Conclusão
A reforma tributária é, sem dúvida, um dos temas mais relevantes para o futuro econômico do Brasil. As projeções apresentadas pela CNA e FGV mostram que é essencial um debate profundo e análises detalhadas para garantir que as mudanças propostas tragam benefícios reais para a economia e não prejudiquem ainda mais o bolso do cidadão brasileiro.