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Os trabalhadores brasileiros ainda enfrentam dificuldades para repor as perdas salariais do ano anterior, apesar da crise sanitária no país ter causado diversas consequências econômicas, como a alta inflação.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, 56,6% das negociações salariais ocorreram no primeiro semestre do ano, acima ou igual à inflação. Esta é uma mudança em relação ao início do ano, quando mais negociações estavam abaixo da inflação.
O levantamento chegou a esta conclusão após avaliar 6,7 mil negociações realizadas em todo o Brasil, registradas pelo Ministério do Trabalho até junho.
Uma pequena parte das variações foi positiva, em relação ao mesmo período do ano passado (quando apenas 48% das variações foram feitas nas mesmas condições e 52% ficaram abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A variação foi medida pela taxa de inflação do INPC.
Em junho, das 261 negociações concluídas, 96 foram positivas, enquanto 69 foram negativas. Ainda há negociações que acabaram sendo negativas que ainda não foram contabilizadas, então não é justo dizer que junho foi o motivo da virada no semestre ainda.
A indústria foi a que mais registrou reajustes salariais acima do INPC deste ano, com 26,8% dos casos.
Mais da metade dos casos em que o comércio esteve envolvido acabou tendo a inflação aumentada. No setor de serviços, 50,9% dos salários dos trabalhadores não aumentaram com a inflação.
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