Bancários Podem Ser Remunerados por Minutos Trabalhados como Caixa, Decide TST

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) validou a prática da Caixa Econômica Federal de remunerar seus empregados pelos minutos dedicados à função de caixa. Essa normativa, conhecida como “caixa-minuto”, tem gerado discussões sobre suas implicações no dia a dia dos trabalhadores bancários e na gestão das instituições financeiras.

Desenvolvimento

A Quinta Turma do TST analisou uma ação civil coletiva movida pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Feira de Santana e Região, que questionava a legalidade desse modelo de remuneração. Implementada em 2016, a política de “caixa-minuto” permite que funcionários sejam convocados a qualquer momento para exercerem tarefas de caixa, interrompendo suas atividades habituais.

O sindicato alegou que a prática aumentaria o risco de erros operacionais, podendo levar a prejuízos significativos devido à natureza sensível das tarefas desempenhadas. Contudo, a Caixa defendeu que os empregados designados para a função de caixa dentro da jornada de trabalho recebem treinamento adequado, sustentando que a medida não altera prejudicialmente os contratos de trabalho.

Argumentação e Decisão

O relator do caso, ministro Breno Medeiros, alinhou-se com o argumento da Caixa, enfatizando que a norma de “caixa-minuto” se insere dentro do poder diretivo do empregador, não representando uma alteração contratual lesiva. A decisão apontou que o regulamento interno da Caixa respeita as normas trabalhistas vigentes e que o treinamento específico oferecido aos empregados minimiza o risco de erros e prejuízos.

Conclusão

Com a decisão unânime da Quinta Turma do TST, consolida-se a prática de remuneração por minutos dedicados à função de caixa como legal e alinhada às diretrizes trabalhistas. Este julgamento estabelece um precedente importante para o setor bancário, reforçando o equilíbrio entre as necessidades operacionais das instituições financeiras e a proteção dos direitos dos trabalhadores bancários.

Reflexão

O caso do “caixa-minuto” destaca a necessidade de as instituições financeiras gerenciarem suas políticas de recursos humanos de forma transparente e equitativa, alinhando as demandas operacionais com o respeito aos direitos e ao bem-estar de seus funcionários.

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