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Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) descobriu que o número de brasileiros enfrentando alguma forma de insegurança alimentar chegou a 70,3 milhões. Isso representa um aumento de 14,6% em relação à pesquisa anterior, realizada entre 2019 e 2021. O relatório, intitulado "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo", também constatou que 21,1 milhões de brasileiros, ou 9,9% da população, estão enfrentando uma grave insegurança alimentar, o que significa que passaram um ou mais dias sem comida.
O relatório atribui o aumento da insegurança alimentar no Brasil a diversos fatores, incluindo a pandemia de COVID-19, a recessão econômica e a guerra na Ucrânia. A pandemia levou à perda de empregos e à queda de renda para muitos brasileiros, tornando mais difícil para eles comprar alimentos. A recessão econômica também dificultou o acesso das pessoas aos alimentos, uma vez que os preços subiram. E a guerra na Ucrânia perturbou os mercados globais de alimentos, levando a um aumento nos preços dos alimentos no Brasil.
As descobertas do relatório são um lembrete contundente dos desafios enfrentados por muitos brasileiros para acessar alimentos. O governo tomou algumas medidas para combater a insegurança alimentar, como o aumento do programa de assistência social Bolsa Família. No entanto, mais precisa ser feito para garantir que todos os brasileiros tenham acesso a alimentos suficientes para suprir suas necessidades básicas.
Além do aumento da insegurança alimentar no Brasil, o relatório também constatou que o número de pessoas enfrentando fome no mundo aumentou em 122 milhões desde 2019. O relatório atribui esse aumento a diversos fatores, incluindo as mudanças climáticas, conflitos e choques econômicos.
As descobertas do relatório são um apelo à ação para os governos e outras partes interessadas tomarem medidas para combater a insegurança alimentar e a fome em todo o mundo. Essas medidas incluem investir na agricultura, programas de proteção social e redução de riscos de desastres. Também incluem abordar as causas fundamentais da fome, como a pobreza, a desigualdade e as mudanças climáticas.
O relatório conclui afirmando que "o mundo não está no caminho certo para alcançar a Fome Zero até 2030". No entanto, também afirma que "ainda não é tarde demais para agir". Ao tomar as medidas necessárias, o mundo pode garantir que todos tenham acesso a alimentos suficientes para viver uma vida saudável e produtiva.