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Declarar dívidas e empréstimos no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) é obrigatório em algumas situações e pode impactar seu planejamento financeiro. Embora dívidas não gerem diretamente imposto a pagar ou a restituir, sua correta inclusão na declaração é essencial para evitar inconsistências e problemas com a Receita Federal. Neste artigo, explicamos quando e como declarar dívidas e empréstimos, e quais situações exigem atenção especial.
Quando é Obrigatório Declarar Dívidas e Empréstimos?
A declaração de dívidas no IRPF é obrigatória quando o saldo de uma dívida ou empréstimo em 31 de dezembro do ano-base for igual ou superior a R$ 5.000,00 . Isso inclui:
- Empréstimos Bancários
- Financiamentos pessoais, consignados ou outras modalidades.
- Financiamento de Veículos e Imóveis
- Parcelas ainda não quitadas, excluindo valores já pagos.
- Dívidas com Pessoas Físicas
- Valores emprestados por amigos, familiares ou terceiros.
- Outras Obrigações Financeiras
- Dívidas com instituições financeiras ou empresas que não envolvem juros, como parcelamentos de compras.
Dívidas que Não Precisam Ser Declaradas
Algumas obrigações financeiras estão isentas de declaração, como:
- Saldo de cartão de crédito;
- Parcelas de compras financiadas (exceto veículos e imóveis);
- Empréstimos inferiores a R$ 5.000,00.
Como declarar Dívidas e Empréstimos no IRPF?
- Acesse a Ficha "Dívidas e Ônus Reais"
- No programa do IRPF, utilize esta ficha para informar os detalhes das dívidas.
- Escolha o Código Correspondente
- Utilize os códigos disponíveis para cada tipo de dívida:
- 11 : Estabelecimentos bancários (empréstimos e financiamentos);
- 12 : Pessoas físicas;
- 13 : Outras entidades ou pessoas jurídicas.
- Utilize os códigos disponíveis para cada tipo de dívida:
- Informe os Dados do Credor
- Inclua o nome e CNPJ ou CPF da instituição ou pessoa física.
- Declare o Saldo da Divida
- Informe o saldo devedor em 31 de dezembro do ano anterior e do ano-base, excluindo juros futuros.
Como declarar financiamentos de imóveis e veículos?
- Na Ficha "Bens e Direitos"
- Informe o valor pago até 31 de dezembro do ano-base, incluindo entradas e parcelas quitadas.
- Na Ficha "Dívidas e Ônus Reais"
- Declarar o saldo devedor restante em 31 de dezembro.
- Documentação Necessária
- Mantenha contratos de financiamento, boletos e comprovantes de pagamento organizados.
Como Declarar Empréstimos Recebidos de Pessoas Físicas?
- Na Ficha "Dívidas e Ônus Reais"
- Utilize o código 12 – Pessoas Físicas para declarações de empréstimos recebidos de familiares ou amigos.
- Incluir os Dados do Credor
- Informe o nome, CPF e o valor emprestado.
- Consiste com o Credor
- Certifique-se de que uma pessoa que emprestou o valor incluindo o empréstimo na ficha "Bens e Direitos" da sua própria declaração.
Como declarar empréstimos feitos por você para outras pessoas?
Se você emprestou dinheiro para alguém, o valor deve ser informado na ficha "Bens e Direitos" , com o código correspondente:
- Informe o CPF do devedor e o valor total do empréstimo.
- Atualizar os valores recebidos ou pendentes no ano-base.
Exemplo Prático
- Maria contraiu um financiamento imobiliário de R$ 300.000 em 2023. Durante 2024, ela pagou R$ 50.000 em parcelas.
- Na ficha "Bens e Direitos" , Maria informou o valor pago (R$ 50.000) no campo correspondente ao imóvel.
- Na ficha "Dívidas e Ônus Reais" , Maria declarou o saldo devedor de R$ 250.000 em 31 de dezembro.
Cuidados ao Declarar Dívidas e Empréstimos
- Consistência de Informações
- -se de que os valores declarados estão alinhados com os contratos e extratos bancários.
- Evite Omissões
- Não é verdade que dívidas significativas podem levar à malha fina, especialmente em financiamentos de imóveis ou veículos.
- Guarde os Comprovantes
- Mantenha documentos como contratos, recibos e extratos por pelo menos cinco anos.
- Revisar os Dados
- Verifique os valores de saldos e pagamentos antes de enviar a declaração.
Conclusão
Declarar dívidas e empréstimos no IRPF é uma obrigação que pode parecer complexa, mas é fundamental para evitar inconsistências fiscais. Com organização e atenção às regras, você pode informar corretamente suas obrigações financeiras e garantir a conformidade com a Receita Federal.
Se você tiver dúvidas ou precisar lidar com situações mais complexas, como financiamentos ou empréstimos entre pessoas físicas, procure o auxílio de um contador ou especialista fiscal para garantir que sua declaração seja feita corretamente.
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