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O rotativo do cartão de crédito, conhecido por suas taxas exorbitantes, pode estar com os dias contados no Brasil. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou que a discussão atual está se encaminhando para a eliminação dessa modalidade de crédito, que tem registrado taxas de juro anuais próximas a 450%.
O Novo Modelo Proposto
A proposta em discussão visa substituir o rotativo por um sistema de parcelamento da fatura. Neste novo modelo, consumidores que não conseguirem quitar o valor total de suas faturas seriam automaticamente direcionados para um parcelamento com juro de 9% ao ano. Esta taxa, significativamente mais baixa que a atual do rotativo, tem o potencial de aliviar o bolso de muitos brasileiros.
O Contexto Legislativo
A mudança não está ocorrendo no vácuo. Há um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, de autoria do deputado Elmar Nascimento, que busca impor limites aos juros cobrados no cartão de crédito rotativo. Este projeto está sendo revisado e pode ser a chave legislativa para a implementação das mudanças propostas por Campos Neto.
A Visão do Governo
O Ministério da Fazenda, em conjunto com representantes bancários e do setor financeiro, tem buscado alternativas para as taxas de juros do rotativo. A preocupação principal é o impacto dessa modalidade de crédito na população de baixa renda. Recentemente, uma reunião entre o Ministério da Fazenda e deputados federais estabeleceu um prazo de 90 dias para que o setor bancário apresente uma proposta concreta relacionada ao rotativo.
Conclusão
A extinção do rotativo do cartão de crédito pode representar um marco na história financeira do Brasil. Com taxas mais justas e um sistema mais transparente, os consumidores terão mais controle sobre suas finanças e menos dívidas acumuladas. O próximo passo é acompanhar a tramitação do projeto de lei e as decisões do Banco Central sobre o tema.
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